Archive for janeiro \26\-03:00 2013

além do perigo

26/01/2013

texto publicado na minha coluna do Segundo Caderno do Globo em 25/01/2013

A repercussão da morte de Aaron Swartz traz lições importantes sobre as mudanças que a internet provocou em nossas vidas. Quando recebi a notícia, pensei que só um pequeno grupo de pessoas iria ficar abalado. Até titubeei ao escrever sobre o assunto nesta coluna, publicada em caderno cultural. Tenho certeza que a produção de códigos digitais é uma forma de arte, talvez a mais central para o ambiente criativo contemporâneo. Mas essa é opinião mais polêmica do que outras divulgadas por aqui. Aaron foi para mim um grande artista-ativista, mestre da programação de belos códigos radicais, além de pensador original sobre as consequências políticas de suas invenções. Diante da onipresença das manifestações de luto, percebo que muita gente pensa como eu: programadores são novos heróis culturais.

Outra coisa ficou clara: no reino da programação digital, a produção de notícias virou conversa coletiva, na qual os jornais são apenas um dos elementos da investigação descentralizada. Por exemplo: logo após o suicídio, vários blogs revelaram dados inéditos do processo que o governo dos EUA, através da procuradoria de Carmen Ortiz, instalou contra Aaron (desculpa se não uso os termos jurídicos corretos). Ao mesmo tempo, apareceu petição no site da Casa Branca, com 25 mil assinaturas nos primeiros dias, exigindo a demissão dessa procuradora, acusada nas redes sociais de usar o processo visando futura carreira política. Em seguida, no Twitter, um executivo da IBM iniciou campanha em defesa do processo contra Aaron, questionando declarações da família que ainda se preparava para a cerimônia fúnebre.

Tudo isso aconteceu de maneira veloz – fogo em palha, queimando aqui e ali. Logo alguém identificou o executivo da IBM como marido de Carmen Ortiz. Rapidinho ele apagou seu perfil no Twitter. Em outro recanto da rede, no Reddit (site do qual Aaron foi um dos fundadores), a deputada Zoe Lofgren publicou proposta de revisão da lei que define fraudes e abusos cibernéticos nos EUA. Acompanhar todos esses lances em tempo real ficou tão interessante quanto ler resumos e análises no jornal do dia seguinte. Fica a pergunta, parodiando canção de Caetano: quem tem tempo para ler tantos bastidores abertos das notícias?

Na coluna da semana passada, movido pela raiva, cometi uma injustiça: chamei o JSTOR de “companhia” [alterei para “organização na versão desse texto publicada neste blog] que comercializa o acesso a artigos acadêmicos “a peso de ouro”. Detesto esse tipo de simplificação panfletária e faço a correção: JSTOR é uma organização sem fins lucrativos que criou serviço necessário (e talvez necessariamente caro). Antes, todas as bibliotecas tinham que assinar revistas acadêmicas individualmente. Cada uma a custos proibitivos e gerando outros encargos: digitalização e manutenção desses gigantescos arquivos eletrônicos. A JSTOR cuida de tudo isso e cobra por pacotes de serviços. Cada biblioteca faz assinaturas anuais, e a consulta fica aberta para seus usuários (por exemplo: uma biblioteca de universidade abre o acesso para seus estudantes e professores).

Há alternativa sustentável economicamente? Esse serviço deveria ser bancado por dinheiro público, gerando produtos em domínio público (já que estamos falando do avanço da ciência)? Esse é um longo debate, no qual Aaron estava engajado de forma militante. A experiência muito positiva do Scielo, que divulga a produção acadêmica brasileira, latino-americana e caribenha, com acesso livre, aponta caminho que pode ser seguido em outros lugares do mundo.

A JSTOR, em sua homepage, manteve por vários dias a seguinte mensagem: “Estamos profundamente tristes com a notícia sobre Aaron Swartz. […] Ele era uma pessoa verdadeiramente talentosa que fez importantes contribuições para o desenvolvimento da internet e da web, das quais todos nos benefiamos.” É preciso lembrar que a JSTOR não levou adiante o processo contra Aaron (que baixou milhões de artigos acadêmicos para seu laptop). Já o MIT, cuja rede foi usada por Aaron no download massivo, teve posição mais dúbia. Seu presidente, depois do suicídio, veio a público declarar que abrirá inquérito interno para saber se a universidade agiu mal no processo.

Tudo isso é relevante e novo. Como novo também é saber que poderemos continuar interagindo (como numa lifebox de Rudy Rucker) com a quantidade fabulosa de textos, códigos e outros trabalhos que Aaron deixou espalhada pela rede. Batalhemos para que continuem acessíveis numa internet cada vez mais livre.

PS: Leitores me perguntaram o que devem fazer com o Java em seus computadores. Muitos especialistas continuam recomendando a desinstalação. O site do próprio Java contém as instruções se você decidir fazer isso: link

perigo

19/01/2013

texto publicado na minha coluna do Segundo Caderno do Globo em 18/01/2013

Sexta-feira passada foi dia sombrio na internet. Sendo preciso: o problema começou na noite de quinta-feira, quando o departamento de “Homeland Security” do governo dos EUA recomendou a desabilitação do Java de nossos browsers. O período de notícias ruins se estendeu até a manhã de sábado, quando soube do suicídio de Aaron Swartz. Apesar da pouca idade (26), ele teve (e continuará tendo) importância decisiva para o modo como está organizado o melhor de nossa vida on-line. Nesta semana, minha tarefa foi refletir sobre a fragilidade extrema de tudo que contamos como garantido.

Sou muito influenciável. Levo a sério decretos de autoridades. Nunca tinha visto governo com posição tão explícita contra um programa de computador. Sou usuário (é o mesmo termo para drogados) que não teme mudar as “configurações avançadas” (escondidas) dos softwares. Até conserto sozinho o hardware. Meio em pânico, não entendi direito qual era o risco e, além do Java, desabilitei também o JavaScript (como leigos vão saber que não são a mesma coisa?) Nossos afazeres domésticos andam cada vez mais insuportavelmente complexos. [Aqui instruções para quem quer desabilitar ou desinstalar o Java de seu computador e de seu browser.]

Ali começaram outros problemas (e até a finalização deste texto, não há solução confiável para o bug do Java ). O Yahoo, por exemplo, parou de funcionar. Tive que fazer downgrade para versão antiga, reaprendendo comandos esquecidos. Alguns recursos já banais desapareceram. Como mandar email sem autocompletar os endereços? Pensei ter voltado para a ciberidade da pedra (e olha que uso email desde quando não havia web – para enviar mensagens era necessário decorar vários comandos Unix).

Sites como o Twitter simplesmente se tornaram inoperantes. Ao tentar acessá-lo recebia apenas o aviso: “O Twitter faz uso pesado do JavaScript. Se não pode habilitá-lo no seu browser, você deve ter uma experiência melhor no nosso site para celular.” Como viver sem trending topics no laptop? Como controlar a síndrome de abstinência? Autodiagnóstico: nunca pensei que era dependente de tanto serviço baseado nesse tal de JavaScript.

Pelo menos o vacilo foi meu: eu que desabilitei o Java – posso reabilitá-lo se não aguentar o cold turkey (como fiz com o JavaScript, que – depois descobri – também tem seus problemas). Li que os usuários de Mac receberam tratamento diferenciado. A Apple desabilitou remotamente o Java de quem possui seu sistema operacional mais recente. Desta vez foi para “nosso bem”, para facilitar nossas vidas, para poupar-nos de erros, para nossa proteção (lembrei da música da Plebe Rude). Mas é perigo óbvio: e se nossos fabricantes de computador puderem decidir tudo a que devemos ter acesso “sem risco”? Paranoia tipo Philip K. Dick?

Aaron Swartz dedicou sua vida para combater essa paranoia, inventando ferramentas que aceleram a livre circulação da informação pela rede e aumentam o poder dos usuários contra grandes empresas/governos. Com 14 anos, foi um dos principais criadores [depois de publicar a coluna descobri que ele foi co-autor da especificação do RSS 1.0, seja lá o que isso for] do RSS (do qual sou dependente – não visito mais nenhum site, os feeds de RSS trazem notícias e posts que me interessam; foi assim que soube do seu suicídio, mesmo com meu apagão do JavaScript, que fez meu leitor de RSS, o Google Reader, parar de funcionar). Essa foi apenas sua primeira criação importante (leia resumo de sua vida na coluna de Pedro Doria publicada terça-feira neste jornal, que deu foto de Aaron na primeira página).

Em fevereiro, aconteceria o julgamento que poderia condenar Aaron a três décadas de prisão. A acusação (nada ainda foi provado) era de ter roubado alguns milhões de artigos acadêmicos cujo acesso é comercializado a peso de ouro por uma organização chamada JSTOR. A intenção (também não provada) seria distribuir esse conteúdo livremente na internet (mas tudo não saiu de seu laptop). A perspectiva de ser preso (muita gente diz que o objetivo era usá-lo como bode expiatório contra hackers e “pirataria” – os procuradores responsáveis por seu caso precisam ser investigados – mas o sistema legal caduco é o que mais necessita de revisão urgente) e anos de convívio com depressão devem ter sido os motivos do suicídio.

Perdi a oportunidade de conhecer Aaron pessoalmente, quando esteve no Rio há quatro anos, e ficou hospedado na casa do Ronaldo Lemos. Como era muito jovem, pensei que seria fácil encontrá-lo em outras ocasiões. Lição: não deixe para hoje o que poderia ter feito ontem. Ronaldo, em coluna da Trip, publicou entrevista feita durante a visita brasileira. Vale a pena reler o trecho sobre escola. Ronaldo também me passou o link para post onde Aaron comentava os 100 livros que leu em 2008. Fiquei dependente dessa lista publicada todos os anos. A de 2012 não saiu. Vamos ter que conviver com essa nova abstinência. Terrível perda para quem acredita no potencial criativo da internet.

funk paulistano

12/01/2013

texto publicado na minha coluna do Segundo Caderno do Globo em 11/01/2013

A história do funk carioca continua me surpreendendo. Quando fiz pesquisa nos bailes para o mestrado, defendido em 1987, não havia funk eletrônico cantado em português e produzido no Rio. Depois do lançamento do LP “Funk Brasil” (1989), não demorou cinco anos para os bailes que tocavam 100% de música importada passarem a ser animados por quase 100% de música composta na cidade. Em seguida, nosso batidão penetrou em pistas de dança mundiais, e seu tamborzão digital foi parar em hits de Beyoncé ou Black Eyed Peas. No ano passado, mesmo ainda discriminado, ganhou status de música oficial, destaque no disco do Roberto Carlos ou em todos os momentos brasileiros das cerimônias olímpicas. Porém, nenhuma surpresa foi maior que ver cenas de funk carioca nascendo em outros estados brasileiros, com até mais sucesso que o produto “original”.

Quem diria: São Paulo é hoje epicentro nacional-popular do samba e do funk carioca. No samba, temos desde o megasucesso de um Exaltasamba, transferido para as carreiras solo de Péricles e Thiaguinho, até a exaltação “de raiz” de um Samba da Vela. No funk, o que era “carioca” ganha sotaque paulistano e vira “ostentação”, gerando milhões de views no YouTube e shows lotados em todo o Brasil, mesmo sem discos ou divulgação nas rádios.

Em 2012, o “Gangnam style” brasileiro foi “Plaque de 100”, do MC Guime. Seu clipe oficial, publicado na internet há apenas seis meses, tem 19 milhões de views. Se contarmos clipes produzidos por fãs e paródias, esse número fica muito maior. Procurando agora por “Plaque de 100” no YouTube, encontrei 6.470 resultados, que incluem de animações feitas com personagens do game GTA ou do desenho “Alvin e os esquilos” até – meus favoritos – versão rasta-música-para-acampamento tocada só com violão e voz ou hilária tradução da letra para inglês (100 bucks!). Tudo prova que o MC Guime atingiu algum recanto profundo do nosso imaginário coletivo.

(Depois da coluna coreana da semana passada, minha querida Gaby Amarantos me mandou link de paródia paraense de “Gangnam style”: “Vu para Cametá”, Banda Paranoia. Compartilho aqui a diversão. E sou obrigado a fazer pausa para outra reflexão: segundo a lei do direito autoral em vigência, todos esses clipes de fãs e paródias de “Gangnam style” ou de “Plaque de 100”, entre milhões de outras práticas corriqueiras da produção-brincadeira cultural on-line, são infrações que podem ser punidas com penas as mais variadas. O legalmente correto seria pedir autorização (comprovadas por contratos) dos autores antes de publicar qualquer nova obra baseada em suas criações. Ninguém faz isso. Ainda por cima, como muita gente descobriu com a mudança de termos de uso do Instagram, quando publicamos paródias “ilegais” nas redes sociais, muitas vezes transferimos direitos – até uso comercial – dessas nossas criações bastardas para os donos do Twitter, Facebook etc. Projetos como o Creative Commons e propostas de reformas da lei são tentativas para lidar com esse desafio, propondo novo pacto legal, no qual “samplear” não seja sinônimo de “roubar”, e todos ganhem com a inevitável conjuntura digital.)

Eu deveria aqui fazer a antropologia da “ostentação”, e da Classe C. Deveria analisar a pré-história do funk carioca em São Paulo, das noites pilotadas pelo DJ Marlboro no clube Lov.E, ou dos festivais organizados pelo Renato Barreiros quando comandava a subprefeitura da Cidade Tiradentes, periferia paulistana (mostrando como o poder público pode ter relação saudável com a inovação cultural). Não vou ter espaço. Quero apenas saudar um dos aspectos desse novo intercâmbio musical Rio-São Paulo: antes parecia que o hip hop no Brasil iria ficar dividido entre a galhofa do Rio (pois funk carioca é herdeiro legítimo, via Miami Bass, do hip hop) e a seriedade paulistana, com seu rap militante. Agora as coisas aparecem bem misturadas, e a confusão pode ser saudável para as artes brasileiras em geral.

Mano Brown, na sua importante entrevista para o aniversário de um ano da revista Rap Nacional, fala em vários momentos de seu “convívio com os caras do funk”, e pergunta: “Como é que você vai embarrerar o funk? Como é que embarrera o mar?” Do outro lado, o MC Guime se juntou com Everton Muleke e a escola Império da Casa Verde e lançou “Lar doce lar (favela)”, um samba-funk pós-ostentação que tem tudo para se transformar no “Rap da felicidade” (aquele do “eu só quero ser feliz”) paulistano. Diz a letra: “minha mãe sempre dizia: tenha esperança / Hoje para o Brasil inteiro, direto de Sampa / É carnaval, então já é, vamos cair pro samba.”

aprendendo coreano

05/01/2013

texto publicado na minha coluna do Segundo Caderno do Globo em 04/01/2013

Quando morei em Chicago (1991), conheci pessoas que, influenciadas por notícias violentas, nunca tinham pisado em Nova York. Eram jovens, com boas universidades no currículo e saldo bancário para viagens. Mesmo assim só se sentiam protegidos no “Meio-Oeste”. No quadro de sua pureza provinciana o que mais me impressionava não era a baixa milhagem, mas sim fenômeno linguístico bem estranho. Alguns deles me confessaram: não apenas não possuíam lembranças de música em português como também não recordavam exposição a qualquer artefato cultural cantado/escrito/filmado em outra língua fora o inglês. Como funciona o cérebro que só teve que lidar com palavras de um único dicionário? Penso nesses queridos caipiras sempre que escuto “Gangnam style”. Agora seus neurônios foram obrigados a processar informações em coreano. Como foi o choque “embromation”?

“Gangnam style” é sinal que o mundo vai ficar cada vez mais parecido com São Gabriel da Cachoeira, a cidade mais poliglota que conheço. Nesse caminho para o futuro, 2012 foi o ano da Coréia. Todos já devem conhecer a história do sucesso pós-viral de mais de um bilhão de views, recorde absoluto na internet. Mais bacanas, como sempre na cibercultura, foram os vídeos respostas/paródias. Vi milhares de americanos embromando a letra sem entender uma palavra, repetindo brincadeira que antes era privilégio de povos periféricos. Engana-se quem pensa que é bloco do hit sozinho. Sai da frente porque atrás vem muito pop coreano, o k-pop.

Antes mesmo de todo mundo ter aprendido a dancinha do cavalo, ídolos coreanos já lotavam estádios (inclusive no Brasil, vide o concerto da cantora G.NA e dos grupos Beast e 4Minute em 2011) com fãs enlouquecidos. Procure, por exemplo, “k-pop” na Wikipedia em português. São centenas de verbetes, muitas vezes mais detalhados do que aqueles sobre MPB. Há inclusive textos enormes sobre canções específicas, como (minha preferida em termos de fofura) “Gee” da Girls’ Generation, ou sobre a biografia de membros de boy bands, como o incrível G-Dragon, estrela talvez principal da Big Bang (onde todos os membros têm potencial Lady Gaga). “Gangnam style” saiu da internet e conquistou as rádios. Os outros nomes do k-pop não precisam de mídia tradicional (incluindo discos) para sustentar seu fidelíssimo culto global.

Abordando a nova indústria cultural coreana, uma reportagem (que pode ser ouvida na internet – quem me avisou foi o Ronaldo Lemos) da NPR, rádio pública americana, entrevistou funcionário do Google especializado em “tendências” asiáticas. Ele afirma que as gravadoras de Seul foram também pegas de surpresa quando descobriram que os vídeos lançados para consumo nacional estavam sendo vistos majoritariamente na Europa.

Nem tudo aconteceu espontaneamente. O crescimento do k-pop, assim como o do novo cinema coreano (que não é só “de arte” e produz também as maiores bilheterias – superando blockbusters americanos – em seu país) recebeu apoio governamental, que enxerga nas artes elemento importante de sua economia voltada para exportação. A história das gravadoras coreanas, que desenvolveram seu megamodelo de negócios em menos de 20 anos, reflete a trajetória da economia de tigre asiático. A renda per capita da Coréia, que era US$ 72 no início do anos 60, em três décadas ultrapassou US$ 16 mil. O mundo aprendeu a comprar Samsung, LG ou Kia (e a Topic quase virou sinônimo de van no Brasil). Uma cultura considerada “cool”, atraente para jovens de todos os continentes, torna esses produtos ainda mais vendáveis.

Muito interessante é constatar que o sucesso cultural não se restringe ao pop ultracomercial. Citarei apenas o caso da dupla de artistas plásticos Moon Kyungwon e Jeon Joonho, que participaram em Documenta de Kassel em 2012 com um dos trabalhos mais comentados, a instalação “El fin del mundo”, que é parte da plataforma “News from nowhere”. No livro desse projeto é possível ter acesso a um mundo fervilhante de pensamento com o qual temos pouco contato, do cineasta Lee Changdong, que foi ministro da cultura, ao estilista Jung Kuho, passando pelo monge budista Misan.

Como sempre, fico torcendo para que possamos estabelecer laços diretos entre culturas do mundo inteiro, sem precisar de instituições do velho primeiro mundo (como a Documenta) para nos fazer as apresentações. Se não é para facilitar trocas realmente descentralizadas, para que a internet existe?

***

Domingo é 6 de janeiro. Rodrigo Veloso, irmão de Caetano, sempre surpreendia Dona Canô com festejo para os Santos Reis. Agora virou missão nacional: continuar surpreendendo Dona Canô com ternos e folias Brasil afora. Amor. Festa. Devoção.


%d blogueiros gostam disto: